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CENAS SOLO

Telúricas é o resultado do Mestrado intitulado “A Atriz que é também Manipuladora: possibilidades na relação entre a atriz e o objeto”, desenvolvido por Liz Schrickte na Universidade de Évora, em Portugal. Iniciou-se como um projeto que objetivava criar cenas e microcenas partindo das possíveis relações entre o/a intérprete e o objeto, passando por técnicas de criação de presença simultânea e mascaramento. Suas temáticas são ligadas ao feminino, trazendo sempre no título o nome de mulheres. Isso se dá pelo intuito de colocá-las no centro da cena e torná-las protagonistas de suas histórias.

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ROSA, GINA E LOLA

Na primeira etapa do projeto, a artista construiu um espetáculo em formato de teatro-narração composto por três histórias, três cenas independentes que dialogam entre si. São elas: Gina Loca, Rosa Azul e Lola em Pó, uma pesquisa pela dramaturgia documental que traz para o palco a história de mulheres assassinas, suicidas e assassinadas. Usando-se de bonecos, máscaras e elementos do imaginário feminino, encontra na doçura uma porta de entrada para falar da realidade opressora, violenta e, por vezes, fantasiosa que as mulheres vivem. A artista propõe assim uma reflexão sobre as temáticas suicídio, dependência emocional e violência contra a mulher.

Foi a necessidade de gritar muitas coisas, com suas próprias palavras, que mobilizou a criação de seu próprio espaço de diálogo com o público: uma cadeira e alguns refletores de fácil transporte, de fácil montagem e de fácil adaptação a qualquer espaço que acredita ser necessário estar. A atriz não precisa de mais ninguém além de seu público, já que opera a luz e o som de dentro da cena, e seu fazer teatral solo vira um ato de resistência e de independência como artista e como mulher. O público acompanha o construir do espaço teatral, o vestir-se do personagem, os mascaramentos, o iluminar-se para ser visto. O teatro se desvela assim como uma possibilidade ativa de denúncia sobre o que acontece nos cômodos apertados da vida.

gina loca

Espetáculo Telúricas de Liz Schrickte - Créditos Naum Produtora - Pedro Carvalho (3).jpg

SINOPSE: Gina é uma mulher perturbada que materializa seu ídolo Roberto Carlos em um boneco para que assim possa descarregar toda sua obsessão.

Gina é a personagem principal do romance de Roberto Freire intitulado “A Mulher que Devorou Roberto Carlos”. Nesse universo, me interessa a ilusão romântica. A paixão, o fanatismo, a obsessão. As músicas do Roberto Carlos, as mulheres que amam demais, envolvidas por promessas de amor de homens cafajestes. Mulheres que idolatram, que enlouquecem, que aceitam a violência masculina ou que envelhecem sozinhas segurando um cálice de vinho.

Técnica: boneco de luva

rosa azul

lola em pó

Espetáculo Telúricas de Liz Schrickte - Créditos Naum Produtora - Pedro Carvalho (11).jpg

Uma cadeira, uma atriz, uma máscara e pedaços de corpos de mulheres esquartejadas. Baseada em histórias reais, a cena traz a história de um feminicídio e leva o público do humor ao terror em 9 minutos.

Para assistir à cena versão audiovisual, favor mandar um e-mail para teluricax@gmail.com

FICHA TÉCNICA: Criação e atuação: Liz Schrickte Iluminação: Igor Godinho Consultoria de cena: Paulo Roque e Igor Godinho Confecção de Máscara e Arte gráfica: Liz Schrickte Direção de filmagem: Igor Godinho Direção de fotografia e edição: Café Pingado Filmes | Daniel Ferreira Agradecimentos: Eid Ribeiro, Christine Zurbach, Eduardo Felix, Aurora Majnoni, Mauro de Carvalho, Glauce Guima, Isabel Bezelga, Rolando Galhardas, Pigmalião Escultura que Mexe, Universidade de Évora. Música: The Gits - A Change is Gonna Come

SINOPSE: Entre bonecas e unicórnios, a cena curta traz a história de meninas que acharam o próprio final de seus contos de (não) fadas. Baseado em notícias jornalísticas, o trabalho reflete sobre os motivos que levam tantas meninas a cometerem o suicídio.

Para assistir à cena completa, favor mandar um e-mail para teluricax@gmail.com

 

SOBRE A CENA: Na criação desta cena curta, a artista mergulhou em histórias de meninas suicidas ao se deparar com a recorrência surpreendente que os índices apontam. A partir de notícias jornalísticas, fez do processo criativo um também processo de entendimento sobre o que leva tantas meninas a colocarem um ponto final em seus contos de fadas, escancarando a crueldade e o machismo da nossa sociedade. Neste trajeto, puxou de sua memória os estigmas da sua adolescência, a beleza como valor principal, a fragilidade da fase de “florescimento”, as idealizações, os processos de aceitação e não aceitação, o “bullying”, o assédio. O nome da cena, Rosa Azul, faz alusão à uma flor criada artificialmente para que seja mais bela, desabrochando em esplendor na mesma velocidade que murcha e morre aos olhos do mundo.

 

FICHA TÉCNICA: Criação e atuação: Liz Schrickte Iluminação: Igor Godinho Consultoria de cena: Paulo Roque e Igor Godinho Confecção de Máscara e Arte gráfica: Liz Schrickte Direção de fotografia, filmagem e edição: Café Pingado Filmes | Daniel Ferreira Agradecimentos: Eid Ribeiro, Christine Zurbach, Eduardo Felix, Aurora Majnoni, Mauro de Carvalho, Glauce Guima, Isabel Bezelga, Rolando Galhardas, Guilherme Gnomo, Pigmalião Escultura que Mexe, Universidade de Évora. Música: No.5 The day I met her - Esther Abrami

CHANTEL

O experimento cênico conta brevemente a história de Chantel, uma estrela de cabaré que se despede de sua vida. Chantel é a nostalgia dos tempos dos grandes teatros, dos aplausos, do grande público. É a tristeza dos inúmeros teatros que se fecham para sempre... O trabalho parte de uma pesquisa em processo sobre a marionete kokoschka, técnica que consiste na acoplagem do rosto do ator ao corpo do boneco. A cena vem como uma primeira experimentação das possibilidades de movimento do boneco e se encontra com um sentimento nostálgico da artista durante a pandemia de COVID19 pelos tempos que se podia fazer teatro presencial. Diante de um momento em que tantos teatrais precisam fechar suas portas, Chantel rememora bons momentos no palco antes de se retirar de cena. FICHA TÉCNICA: Criação, interpretação e edição: Liz Schrickte Músicas: Soul and Mind/E's Jammy Jams e Maple Leaf Rag/E's Jammy Jams

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