Começo por ATRIZ-AUTORA, aquela atriz que também escreve o que encena, dialogando com as suas inquietações artísticas.
PROVOCADORA CÊNICA, aquela que transita nesse demanda das atrizes por um olhar externo mas sem a posição hierárquica de um diretor; alguém que te lance faíscas, ideias, caminhos, mas você que decide quem seguir.
SINGULARIDADES, potências de si que reverberam no meu trabalho, e aqui eu leio isso como toda a bagagem que a gente traz, nossa familiaridade com alguma linguagem, ou nosso desejo de risco no desconhecido, nossa forma de lidar tanto pra se achar uma técnica pessoal de construção cênica quanto pra tirar elementos nossos para a escrita dramatúrgica. E aí eu chego em AUTOFICÇÕES, mistura de autobiografia com ficção, quando dados pessoais se ressignificam na cena.
DIÁRIO DE BORDO, onde começo a juntar o que acontece no palco com registros escritos, possíveis diálogos, um suporte que transcende também o simples registro para uma prática de busca pela nossa identidade artística na cena.
E a PALESTRA-PERFORMANCE, que é um recurso metodológico que prepara um primeiro material expositivo de uma cena, juntando elementos mais acadêmicos de fala expositiva sobre desejos, referências... com elementos mais performáticos. E é desse formato que se formou um primeiro núcleo da cena, um elemento disparador, uma bomba, um protótipo inicial para ir trabalhando... continuando.... um dia de cada vez.
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